segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cidades invisíveis

Poema que fiz depois que li Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino:




Invisível




Imaterial
Invisível linha
Desce do além
Para onde vai
A voz que caminha

Cidade oculta
Em círculos
Concêntricos
Refletidos no mar
Em superfície silêncio
Contornos idênticos



Cidades sensíveis
Voz do viajante
Que descreve
Os diálogos do rei
O império infinito
Que lhe serve

Nave voz
Barca palavra
No porto dúvida
Da linha invisível
Entre a teia idéia
Da renda que sustém
O indizível

Cidades invisíveis
Erigidas no mapa
De verdades perdidas
Sonho imperial
Concreto de sedução
Das palavras fadas
Entre a janela e o umbral


(4/12/2007)

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