domingo, 28 de junho de 2009

Minhas terras


Tenho um canteiro em casa que mede dois palmos de largura por 3 passos de comprimento (perdão por não falar em metros quadrados e coisas afins) e que eu chamo hiperbolicamente de "minhas terras".
Falo dele porque um dia, se Deus viesse tirar satisfação comigo, “tipo” discutir a relação, eu lhe diria: Papai, por que você não me deu aquele talento que vejo em algumas pessoas, de ter fertilidade nas mãos? Sabe aquele negócio de enfiar um matinho na terra e depois de um tempo o galhinho estar carregado de flores?
Pois é... o debate ia ser duro.
Mas enfim... nas “minhas terras” eu já fiz “miliuma” experiências. Já plantei semente, já adubei, já plantei muda, já mandei plantar um monte de coisas... já fiz o diabo. E nunca foi nada muito pra frente.
Aí resolvi largar mão. Pra não ficar pelado, coloquei umas mudinhas de temperos e coisas do gênero. Que desse quem quisesse... e qual foi a surpresa?
Elas gostaram. Tem hortelã, alecrim, melissa, lavanda, manjericão e cânfora. Plantei depois também um galhinho de hera – que já está crescidinho, trepando na minha calha, obediente. Até tirei um tequinho dele e pus num vaso – já está bonitinho também. Minha avó tinha me dado um galhinho de dinheiro-em-penca: virou praga, tive de arrancar. Pus num vaso que eu tinha e ficou mimoso. Resumindo: depois que parei de inventar moda, “minhas terras” até que foram pra frente.
Nesses dias de frio, fiz um mimo: meu pezinho de lavanda estava cheiroso, então arranquei uns galhinhos, fervi água e coloquei em duas bacias, sob a cama, para mim e para o meu marido, porque o ar estava muito seco. Uma delícia!
Mas existe uma lição nisso tudo: aquela história de dar tempo ao tempo. Na verdade, pra lidar com qualquer coisa da natureza, tem que ter paciência e saber observar. E isso não depende de talento. É só querer aprender.

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